domingo, 7 de setembro de 2008

"Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"

Há dois dias faleceu uma tia da minha mãe!
Era uma senhora muito simpática de quem tenho boas recordações, apesar do pouco contacto que tínhamos...
O marido dela (tio por afinidade) é um homem de poucos amigos. Um velho casmurro, como se costuma dizer! Pelo que me foram dizendo, era um pequeno ditador dentro das portas de casa, e cá fora era constantemente indelicado para com as irmãs da mulher (onde está incluída a minha avó) e restante família...
Era motivo bastante para eu não ficar de "bom olhar" para com ele...

Mas hoje, no funeral... Parecia tão frágil...
Sempre calado, de cabeça rebaixada, por vezes com uma lágrima no olho...

Juro que olhei para ele mais do que uma vez e não consegui condena-lo...
Apeteceu-me chegar ao pé dele e dizer-lhe: "Posso ajuda-lo?" Mas não o fiz...

No final de todos aqueles rituais... quando todos começaram a dispersar... aconteceu algo que foi para mim uma pequenina visão do Amor de Deus a acontecer à minha frente:
Algumas das pessoas da família para quem ele houvera sido mais indelicado juntaram-se a um canto a conversar sobre a preocupação em não o deixar sozinho pelo menos neste dia...
Então depois aproximaram-se dele e convidaram-no para jantar...

3 comentários:

  1. Eh lá!
    Eh lá!

    Dois seguidooos? :O
    Muito bem, estamos a melhorar! xD
    Continua Ricky, estou a gostar muito...

    Olha, em relação ao post, acabei de o ler cá com um sorriso... já viste? Isso é exactamente o mesmo que dizer que aquelas pessoas deram a outra face com um estilo do caraças! :P

    Acho que a morte, por muito que nos roube alguém que amamos, a nós ou a outras pessoas, é sempre um motivo para avaliarmos o que andamos cá a fazer... eu não sei, acho que é nessas alturas que penso mais no tempo que ando a perder com coisinhas, quando há coisas bem mais importantes a aproveitar na vida...
    Talvez essas pessoas também tenham percebido que se estamos vivos é para viver, e para ajudar os que estão mais mortos a manterem-se vivos! Não para nos preocuparmos com indelicadezas... ;)

    Obrigada :) :)

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  2. Como estás sempre atento quando menos se espera.És fantástico.
    Um abraço apertadinho.

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  3. Olá Ricardo,
    desde já os meus sentimentos, em relação ao que escreveste acho fantástico as pessoas conseguirem ultrapassar todo o mal e deixar os ressentimentos para trás!!!
    Sabes eu era uma pessoa que ficava magoada com muita coisa e deixava que a raiva brotasse...
    Mas cheguei a uma conclusão...não há nada que o amor não supere é preciso que nós deixemos esse amor entrar e falar mais alto...
    Aquilo que descreveste do teu tio eu passei com o meu avô, era uma pessoa rude, fria, mesmo horrível mas no dia em que faleceu tudo passou e deu para pensar que não adianta sermos maus, frios e fazer com que os outros nos odeiem porque quem perde somos nós, mais ningúem...
    Assim só conseguimos ter uma vida de amargura, solidão, tristeza, quando podiamos aproveitar com tudo o que nos foi ensinado de bom.
    Continua assim...
    Beijos e continua a transmitir esse amor puro que tens para dar!!!!

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